Gestantes e médicos buscam humanização do parto


escrito por: Tricia em segunda-feira, maio 14, 2007 às 3:06 PM.


CA in shower
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Gestantes e médicos buscam humanização do parto Tássia
Novaes

Anne brinca com a filha
Clarissa Borges

A experiência da maternidade para a consultora cultural Anne Sobotta, 37,
sofreu total influência de sua filosofia de vida. Praticante e professora de
yoga há 3 anos, quando engravidou da pequena Jada, hoje com 7 meses, Anne
começou a se preocupar em ter uma gravidez mais tranqüila. Foi assim que
conheceu as técnicas de yoga para gestantes com a americana Karen Prior.
Depois do nascimento da primeira filha, está pronta para transmitir o que
aprendeu.

Controlar a respiração, fortalecer os músculos do quadril e pernas para o
momento do parto e preparar a coluna para o peso da barriga são alguns dos
benefícios que podem ser conseguidos através da prática. Durante a gravidez,
Anne dava aulas a outras futuras mamães e ensinava, entre outras coisas, as
melhores posições para dormir e exercícios especiais para a região
abdominal.

Além das técnicas de yoga, a consultora optou por um parto humanizado –
procedimento caracterizado por uma série de práticas que visam naturalizar
ao máximo o momento do nascimento. Jada veio ao mundo em casa, dentro de uma
piscina com água aquecida, sem macas, aparelhos cirúrgicos, ou qualquer
coisa que lembrasse um hospital. Anne conta que a opção pelo parto normal
veio naturalmente. "Não tinha porque fazer uma cesariana, e o parto normal é
melhor para a mulher e a criança", afirma.

Para a médica obstetra Marilena Pereira, que acompanhou o nascimento da
única filha de Anne, optar pelo parto domiciliar é uma questão de mudança de
postura. "Não é só uma questão do lugar, mas da conduta do obstetra também",
diz. Ela afirma que a grande diferença é que, em casa, a gestante tende a se
sentir mais à vontade, pode andar, ter por perto pessoas da família ou
amigos mais próximos e, principalmente, escolher a melhor posição no momento
de dar à luz.

A médica, que realiza partos em domicílio há 15 anos, afirma que as mulheres
que a procuram são, geralmente, aquelas mais preocupadas com a humanização,
consciência ecológica e com uma visão de mundo peculiar. A escolha pelo
parto na água faz parte deste estilo de vida. "A água diminui as contrações,
relaxa os músculos, encurta o período do trabalho de parto e favorece a
posição vertical, considerada a melhor tanto para a mulher quanto para o
bebê", explica.

Além dos benefícios durante o parto, algumas mulheres que preferem parir na
água acreditam em vantagens para o recém-nascido. É o caso da veterinária
Adriana Cavalcanti, 40. "Eu não queria entrar num hospital para parir, minha
opção era um parto mais natural possível", revela. Marina, sua única filha,
não nasceu no meio aquático devido a uma redução da pressão arterial da mãe,
mas todo o trabalho de parto foi submerso. A pequena permaneceu em contato
com a água em aulas de natação infantil na mesma clínica onde veio ao mundo.


Após 16 anos, a mãe acredita que fez um bem à filha. "Com um ano, ela já
nadava, nunca teve nenhum problema respiratório ou alérgico e é muito
saudável", conta. Apesar de ter passado 20 horas em trabalho de parto,
Adriana recomenda o procedimento. "É fantástico, a água relaxa muito, mas
tem que ter uma preparação psicológica antes", opina.

Embora não existam estatísticas que provem o aumento da busca pelo parto
humanizado, seja em domicílio, em casa, de cócoras ou na água, cada vez mais
especialistas se dedicam à prática e surgem serviços especializados. As
gestantes que se interessarem pelo assunto devem, antes de tudo, conversar
com um obstetra.

A médica Marilena Pereira explica que muitas mulheres acreditam que o parto
na água seja melhor porque o bebê encontra fora da barriga um ambiente mais
parecido com o útero. Para ela, o maior benefício é a comodidade no trabalho
de parto. Ela alerta, entretanto, para os cuidados que devem nortear o
procedimento. "Eu só acompanho um parto domiciliar se ele tiver uma evolução
muito boa e sempre levo todos os equipamentos necessários", explica. Se o
parto apresentar qualquer complicação, Marilena recomenda a ida a um
hospital.

Fonte: A Tarde

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3 Respostas a “Gestantes e médicos buscam humanização do parto”

  1. # Anonymous Anônimo

    Oi! Por acaso descobri no seu blog esse artigo que fala de mim!
    Gostei de conhecer seu blog.
    Gostaria de saber se podemos trocar os links: eu botaria um link para seu blog no meu, e vice-versa.
    PF veja meu blog: http://yogaparagestantes.wordpress.com

    Espero que iremos ficar em contato!
    Abraço

    Anne Sobotta  

  2. # Anonymous Anônimo

    Bom dia!!!
    Moro em Salvador e estou grávida de um menino que deve nascer em novembro. Há algum tempo procuro uma médica obstetra que faz partos humanizados. Gostaria, se possível, de ter o contato da médica Marilene Pereira. Onde ela atende, qual a clínica, o tel de contato...

    Grata,
    Mirela Macedo
    mirelamacedo17@hotmail.com  

  3. # Anonymous Anônimo

    É muito importante a gestante ter acesso e total conhecimento de todas as formas de parto e as intercorências que podem acontecer.
    Espero do fundo do coração que um dia o parto humanizado seja obrigatório e a parturiente passe a ser respeitada e tratada com o carinho e a atenção devidos,em clínica particular ou pelo SUS.  

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Tricia Cavalcante: Doula na Tradição, formada pela ONG Cais do Parto, mãe de três, e doula pós-parto.Moro em Fortaleza-CE.


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